Lei do Bem: Análise prévia do ano base 2015
Após a divulgação das duas partes do 8º lote no mês de novembro, saíram a totalidade das empresas que se candidataram e foram analisadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), referente à utilização dos incentivos fiscais da Lei do Bem no ano base 2015.
Então já chegou o momento de fazer uma breve análise e de ver quais são os principais destaques desse ano particular de 2015, comemorando assim o décimo ano da aplicação do incentivo fiscal da Lei do Bem.
Queda do número total de empresas
Pela primeira vez, em 10 anos o número de empresas que se candidataram encontrou uma diminuição significativa de mais de 8% (passou de 1.207 a 1.110) em um ano. Parte da queda pode ser justificada pela profunda crise econômica que afrontou o Brasil e restringiu algumas empresas em prejuízo fiscal a utilizar os benefícios da Lei do Bem.
Todavia, com essa queda, o número de empresas que se candidataram à Lei do Bem fica também abaixo do número total de empresas do ano base 2013, então o crescimento contínuo de empresas que conheceram o incentivo fiscal durante 9 anos, recuou para um patamar de mais de 2 anos atrás.
Por outro lado, são 240 empresas que utilizaram pela primeira vez a Lei do Bem em 2015, das quais exatamente 35% são parceiras da F. Iniciativas, destacando-nos, assim, como a consultoria que mais incentiva às empresas a investirem em P, D & IT, através da Lei do Bem. Este dado permite observar um indicador interessante: 337 empresas deixaram de utilizar os incentivos da Lei do Bem de um ano para o outro (que representam um 28% do total), o que, a priori, ratifica a hipótese comentada anteriormente, ou seja, que a crise econômica teve grande impacto no resultado das empresas e, por tal motivo, o incentivo da Lei do Bem deixou de ser um impulsor de investimento em P, D &IT.
Como as regiões se destacaram?
O estado de São Paulo remanesce em primeiro lugar e representa cerca de 48% das empresas dos lotes consolidados. Em segundo lugar, o também consolidado pelos anos, estado do Rio Grande do Sul, com mais de 14% das empresas e, finalmente em terceiro lugar, a novidade este ano, se encontra estado do Rio de Janeiro com cerca de 9% do total.
Por região, o ranking das 3 primeiras posições fica igual, cerca de 63% das empresas ficam na região Sudeste (+3 em comparação ao ano base 2014), mais de 29% na região Sul (-3 em comparação ao ano base 2014) e o Nordeste está com 3% das empresas (porcentagem igual ao ano base 2014). A região que vem ganhando força é o Centro-Oeste que se posiciona no quarto lugar com cerca de 3% das empresas que se candidataram (+1 em comparação ao ano base 2014).
Os setores de atividade em alta e em baixa
O TOP 5 dos setores foi também sofreu alteração em comparação ao ano base 2014.
Existem setores que ganharam força, como o de Outras Indústrias (1º lugar), Software (2º lugar) e Alimentos (3º lugar), outros como química/petroquímica permaneceram estáveis em porcentagem de empresas e outras, ainda, que conhecem uma queda brutal como o setor de Mecânica e Transportes, principalmente com as empresas do setor automotivo.
Como podem ser explicadas essas mudanças? O setor Outras Indústrias conta com seguradoras, bancos, empresas do setor energético ou do setor de equipamentos e máquinas, que vem ganhando espaço e ficam sempre competitivos em momentos de crise. Também, o setor de TI e de software está cada vez mais presente ano após ano, investindo cada vez mais em P&D e inovação.
Essa análise é simples e será finalizada para a divulgação do relatório final do MCTIC sobre a Lei do Bem ano base 2015. Ainda falta saber sobre os valores de investimentos e de renúncias fiscais, porém já temos algumas perspectivas.
Fonte: F. Iniciativas com informações do MCTIC